BELÉM - REMANSO DO PEIXE

12/04/2013 14:18
 

Começou o Festival Ver-o-Peso para mim. Acabei de chegar de um excelente jantar no Remanso do Peixe da família do Thiago Castanho, uma das grandes promessas gastronômicas dos últimos tempos.

Já tinha ido no "filhote" mais novo - Remanso do Bosque -, e não pude deixar de conhecer aonde tudo começou. Francisco e D. Carmen abriram despretensiosamente o do Peixe quando os filhos ainda eram crianças, sem saber que se tornaria o restaurante mais badalado de Belém - ponto obrigatório quando se fala de boa gastronomia por aqui.

Ainda não vou escrever sobre a gastronomia paraense pois essa é a minha primeira noite de quatro e tenho muito o que ver e sentir ...

O restaurante fica escondido num pequeno sobrado da vila charmosa na Barão de Triunfo. O ambiente é simples mas super agradável e o os garçons são simpaticíssimos. 

Bem, como cheguei cedo e era o único por ali tive uma atenção especial. Acho que quando você vai sozinho a um restaurante eles ficam com pena e conversam pensando que você está triste ou com algum problema. Não era o meu caso, pois estava muito feliz em visitar Belém e poder ir lá.

Apesar da cidade estar no período de chuvas, segundo me confidenciou o motorista do taxi, o clima interno de simpatia estava a pleno verão.

Depois de bisbilhotar o menu de cima a baixo escolhi duas entradas (desculpem mas não resisti): iniciei com bolinhos de queijo coalho e mel de cana, acrescidos de um "casquinho" de bacalhau com farofa. 

 

Aqui um parênteses: quem é o criador do bolinho de queijo coalho, o Thiago ou o Rodrigo Oliveira do Mocotó?

Aliás, não interessa pois ambos são espetaculares!!!

O "casquinho" de bacalhau, segundo outro garçom atencioso, ele foi criado na falta do caranguejo numa determinada época - os clientes gostaram tanto que nunca mais saiu do menu.

Qual das duas entradas foi a melhor? Deixa eu pensar .... as duas!!! Cara, estavam muito boas!

Não posso esquecer do molhinho de pimenta que estava ótimo...

Como estou na cidade, para acompanhar uma Tijuca "nevada" ... nada melhor!!!

Tudo isso foi para me preparar para a moqueca paraense de camarão cozido em molho espessado de tucupi e jambu. É servida só com arroz e ponto final! 

 

Aí veio outro garçom paparicante e me perguntou: "o Sr. não quer uma farofinha para acompanhar? É óbvio que aceitei; super bem feita, úmida, gostosa, etc.

Ao final estava para lá de Marabá, quando achei que ainda havia espaço para um tiramisù de bacuri. Gente, o que era? Acredito que o Cosimo III - leia o último post - provasse teria jogado fora a sua invenção. O creme no ponto e sabores certos, um ligeiro bolinho no final do copo para dar uma crocância e o pó de chocolate na medida acertada.

Café, a conta e uma satisfação inenarrável. Começou bem ....

Tentei, tentei, mas não deu para tirar uma foto da D.Rosa - a cozinheira - que é responsável pela confecção e despacho dos pratos por essa janelinha. Cadê ela???

Travessa Barão do Triunfo, 2590 - casa 64 - Bairro: Marco - Tel.:91-3228-2477 - Horário: 12h/15h e 19h/22h (dom. e feriados só almoço; fecha seg.)