BRASÍLIA - DON RUFFONI

21/02/2015 12:03

A cena gastronômica de Brasília é bastante interessante! Sempre antes de ir conhecer um restaurante procuro ler as matérias que saem nos meios de comunicação e redes sociais. Assim, já vou com a história do lugar, o chef responsável, pratos mais solicitados, etc - a partir daí o 'alvo' vai para a minha lista de 'a conferir' e quando a oportunidade e o dinheiro me permitem vou visita-lo e escrevo para vocês.

Ontem fui com DJ ao Don Ruffoni, aberto em setembro do ano passado, tendo como chef e consultora, Thalita Kalix, uma jornalista com raízes libanesa e espanhola que trocou de lado para se dedicar às panelas. Com estudos na França e Itália a jovem chef não abandonou os ingredientes brasileiros, principalmente os do nosso cerrado, para criar um menu enxuto e bastante diferente. A seu lado o simpático proprietário Guilherme Lavoratti, 'connaiseur' de cervejas especiais e responsável pela extensa carta.

Apesar das críticas favoráveis que pululam pela mídia, o restaurante estava vazio à noite. E aí vocês vão dizer: final de semana depois do carnaval em Brasília, você queria o quê? E eu respondo: mas o bar na frente do bloco estava entupido de gente! E vocês novamente: mas é um público diferente ... e DJ argumenta: é um restaurante sem muita visualização pois está nos fundos do bloco. E eu argumento de volta: então porque comprou o ponto? Mas é um restaurante para almoço, vocês contrapõem. Então por que abre no jantar? Não tem explicação como um restaurante bom estava vazio.

O ambiente é muito simples com as paredes remetendo a detalhes de um cassino.

Mas vamos lá: começamos com bolinhos bacalhau super leves e bem feitos (sugestão do simpático atendente), servidos com uma geleia de pimentões vermelhos. Agradou muito, principalmente depois que pedi uma pimentinha da casa. O 'hit' da casa são os bolinhos fritos de tapioca com queijo de coalho e recheio de geleia de abacaxi e pimenta.

Acompanhamos com uma Invicta Weiss no ponto e que casou perfeitamente com a refeição. E aqui um detalhe: estou impressionado com os preços das cervejas nos restaurantes! Acho que a minha aposentadoria está desproporcional com os preços praticados.

DJ escolheu um risoto de camarões com molho de tangerina que estava um pouco doce, quando, para mim, deveria estar mais ácido.

Escolhi um paillard com liguine de com tinta de lulas (da Toscanello, segundo informações), pesto de manjericão e castanha de caju. Apesar do atendente ter me perguntado qual seria o ponto do paillard (ahnnn?) eu achei muito bem feito e a combinação com linguine estava dentro dos conformes.

Cafezinho e a conta, que chegaram com diferentes mini brigadeiros de jatobá.

O menu é bastante criativo, com a marca pessoal da jovem chef, que é superatuante do Slow Food Cerrado.

No almoço são servidos alguns clássicos da gastronomia como: poulet basquaise, ossobuco milanês com risoto de açafrão, coq au vin e cassoulet. Preciso voltar para almoçar!!!

(As fotos ficaram aquém do que deveriam, mas dá para ter uma noção)

Dom Ruffoni - 204 Norte, Bloco A, loja 53; tel.: 3037-1020, aberto de segunda, das 11h30 às 15h; terça a sábado, das 11h30 às 15h, e das 17h às 23h.