BRASÍLIA - LE JARDIN DU GOLF

25/07/2015 10:53

Como escreveu Mário Quintana, "A amizade é um amor que nunca morre." Com esta frase começo a escrever o post com um reencontro com os amigos gourmets OG e LRM no Le Jardin du Golf, acrescido sempre de DJ que 'costurou' o bate papo descontraído e gostoso na noite fria de Brasília, mas com os corações aquecidos de alegria.

O restaurante no clube de Golfe, em Brasília, existe desde 2010 quando o casal Carlos Augusto e Christine Veloso, apaixonados, como eu, pelos segredos gastronômicos resolveram partir para uma aventura bem mais profissional do que o bistrô que conduziam em sua casa recebendo os amigos. Ele seleciona fornecedores, escolhe ingredientes e cria novos pratos; ela, segundo me informou o atendente, é responsável pelos sabores doces ... e o chef Celso materializa as delícias nas panelas.

O conceito é "agradar clientes que apreciam alta gastronomia harmonizada com influências do Brasil", apresentando uma mescla da culinária francesa e italiana com toques contemporâneos.

O lugar é privilegiado com salão e varanda bem cuidados e uma adega ao fundo para acomodar os vinhos da casa. Apesar de termos reservado ficamos numa outra área contígua aonde está o restaurante Kabuki em função da sua lotação total - acredito que tenha sido por conta do Restaurante Week, evento que ocorre nesta época na cidade.

Acomodados na varanda precisamos solicitar ao atendente que transformasse a mesa 'japonesa' na mesa do Le Jardin, inclusive providenciando guardanapos ... deixa prá lá!

Escolhi bolinhos de arroz para começarmos a noite. E aí abro um parêntesis para escrever que sou um aficionado pela iguaria e um pouco especialista no assunto. Para mim, tem que ser crocante por fora, com os grãos inteiros por dentro acrescidos de sabores conforme a sua imaginação; o calor do óleo também é importante: é preciso que esteja quente, mas não soltando fumaça, para não queimar por fora e continuar cru por dentro. Ficou devendo em função de estarem moles, apesar do bom sabor.  

OG, por sua vez, escolheu a 'porcheta' italiana com porco mamão desossado, marinado em especiarias e recheado com linguiça, 'panceta' italiana e pistaches, enrolado como rocambole e assado lentamente; acompanha uma pequena salada de folhas verdes, tomates e gomos de limão siciliano e um vinagrete de mostarda que poderia ser mais generoso. Estava bom!

OG escolheu o menu do RW: 'veloutê' de batata baroa com crispes de bacon de entrada, filé de peixe ao molho de limão e arroz de espinafre de prato principal e churros de banana e sorvete de creme.

DJ pediu um prato mais leve para manter a forma: filé de peixe ao manjericão - filé de peixe grelhado, ao azeite de manjericão, aspargos verdes salteados na manteiga e purê de banana da terra ao aroma de gengibre e noz moscada. Gostou muito!

LRM:  'Entrecôte' à moda Le Relais - corte especial de contra filé de gado Red Angus argentino, preferencialmente mal passado, com 'fettucine' (massa artesal) ao funghi. Só que o 'entrecôte' veio 'ao ponto', fazer o quê? Mas elogiou bastante o 'fettucine', não só pela textura da massa mas, também, por estar bastante saborosa. Parabéns!

Aonde vou que tenha 'filet au poivre', eu peço. Gosto do sabor marcante da pimenta, o molho, etc. Então pedi o 'Filet au poivre' - medalhão de 'filet mignon' ao molho de pimentas verdes e risoto de 'funghi secchi porcini'. A carne estava no ponto certo e bastante suculenta com um molho bastante suave; confesso que já enjoei de risotos e pedi errado pois preferia que tivesse vindo com algo mais neutro, tipo umas batatinhas simples. Errei!

De sobremesa dividimos um sorvete de tapioca com calda de goiaba, bastante bom!

Escrever mais sobre um restaurante que está no mercado há 5 anos é 'chover no molhado'. Parabéns ao casal!

SCES Trecho 2, Conjunto 2, Lote 17 - Clube de Golfe - Brasília