PERU - CUSCO - 2ª PARTE - OLLANTAYTAMBO e PACHAMANCA

08/09/2012 13:32

 

Gostei tanto do hotel que vou publicar mais algumas fotos.

 

 

 

O café da manhã foi primoroso com panquecas, queijo quente, omeletes, frutas, grãos, etc.

 

 

Partimos, então para Ollantaytambo considerado uma obra monumental da arquitetura incaica com uma altitude de 2.792 metros. É a única cidade da era inca no Peru ainda habitada. Esta cidade constituiu um complexo militar, religioso, administrativo e agrícola.
Comumente chamado "Fortaleza", devido a seus descomunais muros, foi na realidade um tambo ou cidade-alojamento, localizado estrategicamente para dominar o Vale Sagrado dos Incas.

 

O tipo arquitetônico empregado, assim como a qualidade de cada pedra, trabalhada individualmente, fazem de Ollantaytambo uma das obras de arte mais peculiares e surpreendentes que realizaram os antigos peruanos, especialmente o Templo do Sol e seus gigantescos monólitos. Algumas das rochas utilizadas na construção são somente encontradas a alguns quilômetros da cidade, o que revela o domínio de técnicas avançadas de transporte de rochas. As pedras eram trabalhadas antes de serem transportadas e nesse trabalho eles deixavam sulcos para facilitar o transporte, mediante amarração de cordas.
As ruas retas, estreitas e pitorescas hoje formam quinze grupos de casas localizadas ao norte da praça principal da cidade, que constituem em si um verdadeiro legado histórico. Algumas casas da época tipo colonial estão construídas sobre belos muros incaicos polidos com esmero. Os tons da pedra são alegres, de uma cor de flor petrificada, rosa escuro. Na praça principal um grande bloco de perfeitas arestas encaixa em uma dupla fileira seus quinze ângulos de estrela terrestre.
O historiador cusquenho Víctor Angles explica a origem do nome de Ollantaytambo, referindo que em fins do século XVIII encenou-se um drama de roteiro inca cujo protagonista era o General Ollanta, e o lugar onde se desenvolveram as ações - segundo a obra literária - foi o tambo abaixo de Yucay, que desde então começou a generalizar-se como Ollantaytambo.
Uma das montanhas que cercam a cidade mostra formações rochosas que lembram a metade de um rosto, aparentando com um rei de barba e coroa. O rosto apareceu após de um terremoto que aconteceu no século XX. Ao lado do rosto existe um silo de alimentos, que muitas das vezes é confundido com uma prisão. A localização do silo foi muito bem planejada, mesmo em dias de sol intenso, o vento forte que bate na montanha mantém o local bem fresco, favorecendo a conservação dos alimentos.
Ao lado deste local existe um pequeno povoado e até algumas pousadas. 
Fica próximo a Cusco, onde comumente se hospedam os turistas. 
Existem passeios que saem da cidade de Cusco e dão a volta por vários sítios arqueológicos próximos à cidade incluindo Ollantaytambo. No vilarejo há pequenas lojas de artesanato e mercados com água e comida. E cerveja Cusqueña também.
No caminho de volta ao hotel fizemos um pit-stop para conhecer uma chicheria, onde numa casa simples cheia de fumaça onde uma mulher (não me lembro mais do nome), com as bochechas vermelhas, nos mostrou alguns produtos locais e nos apresentou à chichia, cerveja de milho. Provamos a de milho e a de morango. Assim, assim ....

 

 

Voltando ao hotel nos deparamos com um Pachamanca, que é uma tradicão da cultura gastronômica peruana. Com o auxílio de pedras quentes e carvão em brasa são colocados pedaços de cordeiro , carneiro , porco , galinha, cuy (o porquinho da índia de ontem) marinados em especiarias . Também são incluídas batata , queijo, batata-doce , mandioca , espigas de milho, bananas, tamale e chile. O cozimento é denominado "pote de terra", pois era um dos pratos mais abundante e mais diferente do Império Inca que chegaram à nossa época. Sua preparação tem um simbolismo muito próprio da cultura andina, já que representa a simbiose entre a cosmologia do período Inca, em que foi dada grande importância à Mãe Terra: o que nos alimenta.
A sua forma de preparação é muito trabalhosa. Em primeiro lugar, você tem que começar por aquecer as pedras no fogo, para que elas possam cozinhar os alimentos. É aberto um buraco na terra de mais ou menos 1,5 metros de profundidade onde são colocados os legumes e as carnes, e por último as bananas e legumes mais rápidos de cozinhar.

 

São camadas de carnes, legumes, entremeados com as pedras em brasa. Tudo isso é coberto com papelão molhado, sacos de juta, e finalmente com a própria terra que foi retirada. Deixa por uns 40/45 minutos e voilà! Chef Eduardo é um mestre no assunto!!!
 
 

 

Ia mostrar as imagens dos "cuys", mas devido ao adiantado da hora, poderia chocar os meus leitores. Mas eu comi, e conto para vocês depois ...mas quem quiser é só ligar (não sei o ddi do Peru).
Finalizando com mais um astro vira-lata da cidade ...