RIO - ADRIANO

02/02/2015 09:42

De volta ao Rio fomos conhecer o Adriano inaugurado por volta de 1950 e que não conhecia - como não conhecia, você me pergunta? Não conhecia e nunca tinha ouvido falar! Mas, meu filho e nora - botequeiros inveterados - já tinham ido várias vezes. Aproveitamos (eu e DJ) levamos o casal HB/BB para conhecer e compartilhar da experiência de conhecer um restaurante tradicional típico da década de 50 e que se mantém da mesma forma que foi concebida na Real Grandeza.

Filinha na porta, por volta das 14 hs do sábado, mas que anda rápido - não tem ninguém organizando, mas acaba dando certo. Primeiramente fomos acomodados numa mesa logo na entrada mas tivemos que mudar pois havia uma goteira do ar condicionado que não parava. Mas tudo foi resolvido com simpatia e aquele jeito carioca de ser sem stress.

Finalmente acomodados, comecei a reparar nos garçons e gerentes - dois gerentes (ou donos?) e mais três garçons para darem conta de todo o movimento com simpatia, rapidez e eficiência. E aí entra na história o Chico (ou Chicão) que é conhecido pela sua simpatia e autor da pimenta mais disputada do pedaço. É boa e acabei trazendo uma para casa - aproveita que se tornou famosa e ele próprio faz o marketing vendendo em dois tamanhos: grande (R$ 30,00 e pequena (R$ 15,00).

A decoração é .... a decoração, ou seja, não tem! Ripas de madeira pela metade da parede, alguns quadros, lampiões, e é isso. Mas você vai comer ou vai ver a decoração?

Uma rápida olhada no cardápio e já deu para ver que os preços são surreais - para baixo! Nos dias de hoje causa espanto ver um restaurante cobrando preços justos.

De início pedimos uma Serramalte estupidamente gelada que o garçom trouxe logo duas porque uma era pouco. Acertou! Pedi, logo em seguida, pastéis de camarão e de carne e, logo em seguida, bolinhos de bacalhau. Dos três, gostei mais do pastel de carne com tempero surpreendente e tudo o que deve ter em algo da espécie: ovo cozido picado e azeitonas verdes em pedaços, acompanhado da pimenta do Chico. A memória não falhou e voltei a 40/50 anos da minha vida quando praticamente a maioria dos restaurantes do Rio era assim. Que coisa boa - feliz!

  

O prato do dia era feijoada mas achei que sair do regime tão rápido seria um desastre. Optei por algo que não como há muito tempo: iscas de fígado à lisboeta! O menu só tem pratos tradicionais da culinária carioca e demorei bem uns vinte minutos para cravar a escolha. Mas as iscas estavam sensacionais, bem feitas, temperadas, acompanhadas por batatas, arroz e um pouquinho do feijão da feijoada. Queria mais o quê? Um almoço com pessoas queridas, boa comida, ambiente descontraído do meu Rio...

JV escolheu um filé a Oswaldo Aranha com alho, ovo poché, farofa, arroz com brócolis.

LF e HB preferiram dividir um bacalhau ao Brás, em porção para lá de suficiente.

DJ segurou o regime com um filé de dourado com batas e arroz de brócolis.

BB partiu para um filé à milanesa, um dos carros-chefes do restaurante, com batatas portuguesas, gigantesco, cujos restos mortais foram levados para a casa de JV/LF para ser transformado mais tarde num belo sanduíche com maionese e folhas verdes.

A sobremesa - uma bela fatia de pudim de leite - foi dividida por todos fechando a refeição com destaque.

Um café? Não, café não tem!

A conta foi pedida e rabiscada na nossa frente, como se fazia antigamente .... quanta saudade!

Bar e Restaurante Adriano - Rua Real Grandeza, 162 – Botafogo - Rio de Janeiro/RJ - Fone: (21) 2538-0825 - Aceita cartões Visa e Master