RIO DE JANEIRO - 120 ANOS DE COPACABANA

07/07/2012 19:23

Por ocasião das comemorações dos 120 anos do bairro de Copacabana, aproveito a oportunidade de obrigatoriamente estar em casa para escrever sobre a "minha Copacabana".

Apesar de ter nascido na Casa de Saúde Arnaldo de Morais, em Copacabana, morei no Leblon, na rua Almirante Guilhem até os dezesseis anos, quando os meus pais juntaram dinheiro e compraram um apartamento na Dias da Rocha; logo depois que casei, comprei o meu primeiro apartamento na Pompeu Loureiro, ainda em Copacabana - depois mudei para a Gávea e há doze anos moro em Brasília.
Gastronomicamente refletindo, o que me lembro da Copacabana dos idos de 60 e 70? Um primeiro pensamento me remete a Spaghetilandia onde ia comer pizza "em pedaço",  e a Baalbeck, na Galeria Menescal, que tinha a melhor esfiha e kibe que até então conhecia(Fotos de Antonella Kann).
Para depois das  festas (hoje, baladas) ia com a turma comer waffles com mel e presunto lá pelas 4 horas da manhã no Bar Brasília - na Nossa Senhora de Copacabana, quase esquina com a Constante Ramos. Outro lugar que a turma se reunia era no Sete!
Mais tarde apareceu o Cervantes, na Prado Júnior com Barata Ribeiro, que servia e serve o famoso sanduíche de pernil com abacaxi!
 
Muito antes era o Cirandinha, na Travessa Angrense, que os meus pais me levavam para lanchar ou iam comprar vatapá na Confeitaria Colombo, também na Nossa Senhora de Copacabana com Barão de Ipanema.
Me lembro muito bem quando o primeiro Bob's foi inaugurado na Domingos Ferreira - era o máximo! Depois veio o Chaplin que dividia as atenções, em matéria de sanduíches, com o Bob's. Em frente tinha a Pizzaria Caravelle, que ia muito para namorar!
 
Ouvia muito falar no Le Bec Fin, Nino, na Pérgula do Capacabana Palace, Bife de Ouro, mas a grana era curta e não dava para ir! Depois vieram o Pré-Catalan e o Le Saint Honoré, e mais tarde o Cipriani e outros.
Me lembro de ir muito beber batidas diversas no Bip-Bip, na Almirante Gonçalves, ou na Adega Pérola na Siqueira Campos, lá em cima.


Quando o dinheiro dava ia na A Polonesa comer borscht, strogonoff e o famoso suflê  de chocolate.

 

 
 
Muitos anos depois fui trabalhar no Metrô e A Marisqueira (especializada em comida portuguesa que muito tempo depois me lembrei muito quando das minhas idas a Portugal), foi palco de grandes almoços(riodejaneiroadezembro.wordpress.com).
Em matéria de happy-hour, tempos depois, o lugar ficou  sendo o Clube dos Marimbás por conta do amigo gourmet LS, que este ano voltei e já foi objeto de um post por aqui.
Esta foi a minha homenagem à "minha" Copacabana de tempos que não voltam mais!